sábado, 6 de fevereiro de 2010

OS VAMPIROS DAS REFORMAS

«Os Soares, os Cavacos, os Alegres e todos os mamões do regime falam em dificuldades mas não abrem mão das suas milionárias e cumulativas reformas!» comentário na bloga!
Isto é o que pensam os Portugueses destas figuras sinistras que ocupam há demasiados anos cargos de Estado!
Entretanto muitos Portugueses que verdadeiramente trabalharam, descontaram e não parasitaram, aguardam por reformas cada vez mais minguantes enquanto outros morrem à fome pela inexistência de subsídios de desemprego e pela política criminosa de acumulação de reformas.
Ainda há alguém que os ouça?

ALMUNIA À PEDRA!

As recentes declarações de Joaquín Almunia exigiam uma resposta condizente e um cartão vermelho. 
É que à Europa dos Comissários, essa Europa bem paga, em quem depositamos fé e pedaços da nossa soberania, exige-se tento e competência.

Nem uma nem outra tiveram Joaquín Almunia, independentemente de se divertir com a Zizanie suicida interna dos seus vizinhos do Oeste!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O VOO DE TEIXEIRA: ESTA ABELHA VAI FAZER CERA PARA OUTRA COLMEIA

« plusieurs abeilles, un seul ensemble ». 
Ortega Y Gasset a dit: « plusieurs abeilles, un seul vol ».
Teixeira dos Santos diz: esta abelha vai fazer cera para outra colmeia!

REVELAÇÃO EXPLOSIVA. AVISO AOS LEITORES INCAPAZES DE COMOÇÕES FORTES, FAVOR ABSTEREM-SE DE LINKAR!

Estes dados explosivos só devem ser vistos por gente capaz de aguentar o choque. Fica feito o aviso. A prova aqui 
ou para quem não acredite no determinismo dos astros aqui.

Earth! We have a pillow!?

OBRIGADO PINTO DE SOUSA! OBRIGADO TEIXEIRA DOS SANTOS!

ALTRI SGPS SA 4.050 -5.700 -0.245 4.280 4.000 438042 12:27
BANCO BPI SA 1.920 -5.280 -0.107 2.041 1.863 1280137 12:29
B.COM.PORTUGUES 0.724 -6.460 -0.050 0.775 0.710 28802494 12:30
B.ESPIRITO SANTO 3.799 -5.020 -0.201 4.053 3.740 5856911 12:29
BANIF-SGPS 1.180 -2.480 -0.030 1.220 1.160 230449 12:21
BANCO POPULAR 5.150 -3.380 -0.180 5.320 5.150 2200 11:55
BRISA 6.363 -5.140 -0.345 6.666 6.355 586513 12:30
COFINA SGPS 1.070 -4.460 -0.050 1.090 1.070 125155 12:25
COMPTA 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 11:30
CORTICEIRA AMORI 0.820 -12.770 -0.120 0.940 0.820 24050 12:27
CIMPOR SGPS 5.818 -5.810 -0.359 6.180 5.799 1877838 12:30
EDP 2.673 -2.730 -0.075 2.739 2.635 11369150 12:30
EDP RENOVAVEIS 5.855 -5.260 -0.325 6.200 5.810 643955 12:29
E.SANTO FINANCIA 14.750 -2.580 -0.390 15.000 14.750 6250 11:59
E.SANTO FINANC N 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 16:30
ESTORIL SOL P 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 16:30
ESTORIL SOL N 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 01:00
FUT.CLUBE PORTO 1.240 0.000 0.000 1.240 1.240 70 09:00
FINIBANCO SGPS 1.480 0.000 0.000 1.480 1.460 19379 12:25
FISIPE 0.150 0.000 0.000 0.150 0.150 1000 11:30
GALP ENERGIA 11.270 -3.680 -0.430 11.655 11.165 1309478 12:30
GLINTT 0.740 -3.900 -0.030 0.770 0.730 80337 12:28
IMOB GRAO PARA 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 16:30
IBERSOL SGPS 8.900 0.000 0.000 8.900 8.900 1 11:56
IMPRESA SGPS 1.500 -5.060 -0.080 1.570 1.490 55742 12:15
INAPA-INV.P.GEST 0.630 -3.080 -0.020 0.660 0.620 451412 12:28
J MARTINS SGPS 6.634 -4.490 -0.312 7.009 6.570 1360911 12:30
LISGRAFICA 0.080 -11.110 -0.010 0.080 0.080 51845 09:59
MARTIFER 3.150 -6.530 -0.220 3.330 3.150 60157 12:24
GRUPO MEDIA CAP 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 11:30
MOTA ENGIL 3.126 -5.840 -0.194 3.300 3.071 337185 12:29
NOVABASE SGPS 4.090 -3.080 -0.130 4.220 4.090 6825 12:26
OREY ANTUNES 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 13:57
PAP.FERNANDES 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 16:30
PORTUGAL TELECOM 7.434 -1.180 -0.089 7.647 7.325 2941124 12:29
PORTUCEL 1.894 -4.580 -0.091 1.958 1.861 410787 12:29
PAPELES Y CARTON 3.500 0.000 0.000 3.500 3.500 114 12:07
F RAMADA INVEST 0.852 -4.270 -0.038 0.890 0.852 9950 12:25
REN 2.819 -2.190 -0.063 2.890 2.809 283214 12:29
REDITUS SGPS 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 17:25
BANCO SANTANDER 9.900 -2.940 -0.300 10.270 9.530 32006 12:01
S.COSTA 1.060 -6.190 -0.070 1.130 1.040 126826 12:23
S.COSTA-PREF 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 10:30
TOYOTA CAETANO 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 16:30
SEMAPA 7.515 -4.380 -0.344 7.800 7.451 94635 12:17
BENFICA-FUTEBOL 2.370 -7.060 -0.180 2.580 2.370 810 12:22
SUMOL COMPAL 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 17:35
SONAECOM SGPS 1.700 -3.410 -0.060 1.761 1.663 240977 12:25
SONAE CAPITAL 0.680 -6.850 -0.050 0.730 0.670 521826 12:10
SONAE INDUSTRIA 2.338 -5.950 -0.148 2.495 2.320 382890 12:29
SPORTING 1.190 0.000 0.000 1.190 1.190 1335 12:14
SAG GEST 1.280 -2.290 -0.030 1.310 1.280 241706 11:23
SACYR VALLEHERM 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 10:31
TEIXEIRA DUARTE 0.865 -7.490 -0.070 0.930 0.849 615563 12:28
VAA VISTA ALEGRE 0.090 -18.180 -0.020 0.090 0.090 10000 12:19
VAA-V.ALEGRE-FUS 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0 17:27
SONAE 0.839 -4.660 -0.041 0.880 0.835 6577984 12:29
ZON MULTIMEDIA 3.782 -5.970 -0.240 4.020 3.773 742106 12:30

O RESULTADO FINAL DE MUITO ANOS DE SAQUE

Há quem diga que esta é a resultante final dos muitos alarves, gananciosos e incompetentes que nos têm emagrecido, à imposição, à penhora, à lei da má norma que se confunde com a má moeda,  nos últimos anos.
Há mesmo quem diga que naquele estado lastimável os Urubus especulatus, até os ossinhos nos roerão depois de nos arrematarem por poucos vinténs. Entretanto na plateia reconhecem algumas pátrias carecas?

QUEDA DAS BOLSAS. OBRIGADO SR.ALMUNIA PELA SOLIDARIEDADE EUROPEIA!

QUEDA DAS BOLSAS.OBRIGADO SÓCRATES!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

NEM JÁ UMA JANELA DE TABUÍNHAS NESTA CASA DA MARIQUINHAS

«Conclusão (eventualmente chocante): as declarações de políticos e de outras altas individualidades repudiando os avisos das agências de “rating” estão efectivamente produzindo um óptimo resultado; a República agradece o serviço e pede que façam o favor de continuar, não desarmem perante estes inimigos externos...» 4R.

De facto já não basta "colocar" políticos com base no Q. Inteligência, é necessário também envolvê-los em formas mais modernas de Q. Emocionais.
Entretanto o má génio custa-nos uma boa parte do frango que queríamos levar para casa para dar de comer à dor.

- Será que será preciso desembainhar o cutelo que me sobrou da batalha de S. Mamede?
- Olhem lá, se virem dona Teresinha, digam-lhe que não vou à bola com esse Galego de Vilar de Maçada!...maçada, e se cortássemos em 50% no S. de Natal desta petizada? Será que os senhores de Rating ainda nos perdoavam qualquer coisinha?

O DIABO VESTE ARMANI

A PENHORA DOS MEMBROS

«transparência de quem paga, mas revela opacidade quanto ao esbulho de quem cobra». Paulo Portas
Genial entretanto esta frase de Daniel Bessa: 
«baixar salários à função pública não é de esquerda.» Pois, não, diríamos nós, pois para além de estar no catálogo, de esquerda é aumentar cada vez mais os impostos a quem produz, liquidando-os por asfixia dia após dia!
Virá o dia em que para manter as mordomias da gente dita de esquerda no poder, até as próteses de membros e dentárias, encherão os cofres do estado de letra pequena por penhora.

MALA DE CARTÃO OU MALA SAMSONITE? UM DESTINO MUITO PORTUGUÊS. UMA HOMENAGEM A LINDA DE SUZA, UMA PORTUGUESA VÍTIMA DO SEU PORTUGAL!


Entrevista semi-directiva a uma enfermeira, emigrante Portuguesa na Suíça, nos idos do milénio

Num primeiro momento quis focar-me na emigração pura e dura dos anos 60 e 70, momento alto de diáspora de um povo. Pareceram-me, no entanto, tempos já demasiado distantes, visão que se proporcionava pouco ao Portugal moderno de olhos postos no futuro que ambicionamos ser, nesta Europa a 27, onde se estranham e entranham soberanias e povos. Afinal, agora, já temos a cidadania Europeia, já nos denominamos de cidadãos Europeus, mesmo que uns pareçam ser, até na necessidade da emigração e das migrações, mais Europeus que outros.

Apoiando-me em (Trindade, 1995, p. 154), a alteração de designação de “países de acolhimento a países receptores”, denotando e reforçando no último quartel do século XX o toque Europeu a rebate do travar da emigração, com consequências na resolução recorrente de problemas internos de povos como o Português. O toque a rebate segue-se, nos países do centro, à crise petrolífera da década de 70 e às alterações na malha industrial. As políticas anti-migratórias Europeias, anos 70, princípios de 80, tornam-se um tempo de entrave Europeu à migração Portuguesa e às migrações das periferias em geral.

Acalmada a pressão sobre o ouro negro, a emigração para a Suíça afigurou-se, no entanto, como o novo caminho da emigração Portuguesa. A média anual de emigração Portuguesa, no período compreendido entre 1984 e 1992, aponta segundo (Marques, p. 2) as 13.000 almas. Muita emigração sazonal acabará mais tarde por passar a permanente, ajustando-se do trabalho de/da oportunidade para o trabalho por qualificação, fruto de um melhor conhecimento e integração da língua e da sociedade do acolhimento. O período subsequente até ao final do século, sobre o qual versará a minha entrevista particular de investigação, assistirá a uma diminuição deste quantitativo médio anual. Consequência das assimetrias geo - económicas[1] de ambos os países, a emigração Portuguesa assume-se à data como substituta de emigrações que tinham feito no interior da sociedade Suíça o seu percurso de mobilidade social. A construção civil e a hotelaria - restauração abrem-se à sazonalidade de trabalho e à permanência, de acordo com as estritas regras territoriais Suíças sobre imigração. A emigração para sectores mais exigentes em termos de formação e qualificações, como a banca e serviços de saúde, crescerá de base baixa, mas lenta e paulatinamente no próximo futuro, acompanhando o crescimento geral de qualificação dos Portugueses. A tabela 2 constante em (Marques, p. 5) da repartição sectorial por nacionalidades em 1982, 1991, 1997, permite-nos “visualizar” não só a diminuição de uma emigração mais indiferenciada, mesmo se ainda a níveis percentuais altos e maioritários, como esse crescimento, ou redistribuição, qualitativo. O “argumento” do trabalho de (Marques), no país das montanhas, da banca e do chocolate, dá-nos assim uma visão clara sectorial, reflectindo na distribuição o baixo patamar geral de inserção profissional dos emigrantes Portugueses. O tornear do século assistirá, como já disse, a uma melhoria razoável na distribuição, permitindo “saudar” um crescimento acentuado em sectores mais privilegiados e considerados, como a banca, o sector da saúde, o comércio, os transportes e serviços em geral, denunciando esse aumento da qualificação profissional alguma mobilidade vertical dos velhos e novos emigrantes.

O século XXI e o fim da última década do anterior, parecem fazer recuar os índices de sustentação humana[2] da sociedade Portuguesa a valores próprios de outras décadas do já esquecido século anterior. Afinal já, hoje, no rectângulo, se fala claramente da década perdida. E o caminho imponderado e insensato será apenas conjuntural, ou não será novamente o “destapar de uma estranha forma de estar?” com o paulatino agravar do saldo custo – benefício da aposta na formação nacional, sinal que nos é dado por Perspectivas em http://espectivas.wordpress.com/2009/10/09/ei-los-que-partem/, numa perspectiva - expectativa de futuro, rematada por um poema de Manuel Freire. Nos idos de 1990 os sinais estavam lá! Mas Braga, pai, ainda não dizia nem contava em blog esta história de vida: “Acabo de me despedir do meu filho mais velho que, residindo na Suíça onde trabalha desde que acabou o curso, veio de carro buscar a minha nora e a minha neta… O meu filho mais novo já me diz que mal acabe o curso vai daqui para fora. Andamos a formar quadros técnicos de alta qualidade e a desenvolver massa cinzenta para que outros países da Europa disso tirem proveito. Durante muitos anos, Portugal foi um país de emigrantes; a partir da década de 90 passou a ser um país de imigração. Com o Tratado de Lisboa e com a política de Sócrates, Portugal será cada vez mais um país em que os píncaros emigram e de acolhimento de matéria-prima em bruto; passaremos a prescindir do nosso melhor para ter que aceitar uma qualidade inferior alienígena. Exportaremos a prata da casa para importarmos o excedente que a outros países não faz falta. Ei-los que partem…e com eles vai o meu coração.” (Braga)

Enquadrado o sequente caso nas tendências evidenciadas pela emigração Portuguesa no período e local em referência, não podia deixar de incrustar, neste primeiro momento, este excerto supra da história de vida da emigração Portuguesa, impregnado de laivos da técnica de pesquisa designada por história de vida, numa recorrência e replicação por motivos que poucos estranham porque aparentemente entranhados na idiossincrasia de um povo.[3]

Como último momento, segue a entrevista semi – directiva, com o humor e direccionamento possível, relativamente a um povo cáustico que não poupa nas palavras. Ser “guionista” de um povo assim, não é tarefa fácil, povo “poeta” com muita veia ficcional e uma cultura feita de fado e de diáspora.
À procura de informação, para “alimentar” um estudo comezinho sobre o porquê da escolha da Suíça como local de emigração em concreto nos idos do milénio, espaço - destino emigratório particular, encontrei-me em Gèneve embora atrasado em 20 minutos, com uma emigrante Portuguesa de seu nome Vitorina Nemésia! tendo por cenário de fundo o Lac Leman[4].
Um pouco à medida daquele jogo da minha infância, “o jardineiro com a sachola no jardim”, e de molde a não perder as “rédeas” da entrevista, estruturei mentalmente os três “porquês que me iam guiar”: os motivos que levaram ao acto migratório, a escolha do país em concreto, o tempo migratório previsto! Desta entrevista, fictícia, longa, difícil por excesso de voluntarismo do lado oposto, semi-directiva e de que fui sistematicamente vítima do supérfluo, ficou gravado, passando na íntegra para a história, o seguinte:

P.S[5].: Vitorina?!! O que a levou a emigrar?
V.N.: Como calcula não foi e foi o “mau tempo no canal”, porque sou da região do Vale do Ave. A neve e o frio também não me preocuparam porque, como sabe, o Vale do Ave tem outros obstáculos não naturais que dão verdadeiros calafrios! Dentro de casa, aqui, no entanto, a opção é a T-Shirt. Em Portugal, país de brandos costumes e clima, a opção era o xaile! De preferência de croché!
P.S.: Estava desempregada em Portugal?
V.N.: Não, não! Tinha um “excelente” emprego! Percorria as sobreviventes fábricas de vestuário do Vale do Ave como apoio de Medicina do Trabalho, a maioria das vezes para detectar problemas articulares, tendinites e más posturas. Sabe, ergonomia no trabalho e falta de exercício! Passava o “verdinho” ao fim do mês e ao fim de cinco anos ininterruptos achei por bem dizer basta a 600 € por um trabalho das 9 às 5 p.m. [6]. Tirando retenção na fonte, IVA e pagamento à segurança social, levava para casa qualquer coisa como … ops, é como dizia o outro, é fazer as contas!
P.S.: Profissão? Enfermeira, não é?
V.N.: Sim, sim! Mas em Portugal não faltava emprego, na altura, na minha profissão! Hoje, então o que me divirto com o apelo à formação, à qualificação como fórmula resolvente, às novas oportunidades e à fatal inscrição no IEFP como desempregados do… regime! Com entrada com 18.5 valores, a uma décima de Medicina, minha primeira escolha. Mas, foi justo, ah, ah, porque possivelmente daria uma triste e incompetente médica! Insatisfação? Apenas da trilogia: formação, trabalho, retribuição! Foi, assim, como um push(ão) [7]! E dá para poupar! Sabe qual o nosso melhor produto de exportação? Sabe quanto entrou nos cofres do Estado Português, esse padrasto rico com filhos pobres, das remessas dos emigrantes Suíços este ano?
P.S.: Entendo. Também tive o “prazer” de estar “empregado” e contactar com a realidade na colocação e formação do IEFP! A sua insatisfação laboral lançou-a, então, nesta “aventura?”
V.N.: Sim, sim! Mas acrescente à insatisfação remunerativa e à falta de condições de trabalho, a minha indignação pelos lucros obscenos e astronómicos da banca, da Edp e de outros sectores monopolistas do Estado, os altos impostos relativamente aos serviços prestados, a proliferação de taxas, os reguladores que impendem e impedem, as ASAE’S que exageram transpondo com tresloucado “senso” as directivas comunitárias, os Ferraris dos presidentes de Câmara e ex-ministros, as esperas nos atendimentos dos hospitais…
P.S.: Desculpe interrompê-la! Já compreendi! Deixe-me utilizar os conhecimentos há pouco adquiridos. Uma espécie de anomia “Mertoniana”, causada pelos valores normativos vigentes?
V.N.: ?
P.S.: Asneira minha! Vou-lhe pedir que continue à vontade e a se divertir mas … se possível, com um pouquinho menos de informalidade! Afinal não podemos nunca, qualquer que seja o trabalho, descartar o humor. Mas, temos de acelerar um pouco a entrevista! Assim, concluo que o ambiente económico e institucional a desilude. Resumindo: os aparentemente inevitáveis e sempre presentes custos do contexto! Mas indo ao que interessa: porquê emigrar, em concreto, para a Suíça?
V.N.: Tinha lá familiares! Uma tia que trabalhava como “au pair”! E um colega que passeava à l´heure! os caniches, ou lá o que eram, das Madames! E que me incentivou … e colegas, enfermeiros! Cada vez em número maior! Pela qualidade de vida, pelo ordenado, pela organização, pela liberdade, pela honestidade, pela beleza da paisagem, pela centralidade. Sabia que há na Suíça zonas onde existem placas viárias de atenção ao atravessamento de sapos? O ambiente é para cumprir…! E os autoclismos a partir das dez da noite não descarregam!
P.S.: ???
V.N.: Cidadania, civismo e respeito pelo próximo!
P.S.: Muitos emigrantes Portugueses em Gèneve?
V.N.: Sim. Principalmente na restauração. Mas também muitas empregadas de hotel, particulares e os inevitáveis pedreiros. Alguns motoristas de transporte público e alguns de táxi, alguns de famílias conhecidas como o primo… Morais! E alguns, muito poucos, a trabalhar na banca. Menos, muito menos, que muitos conterrâneos turistas – clientes que passam aqui pela banca!
P.S.: Dificuldades à chegada?
V.N.: Nenhumas! Vim com contrato já apalavrado de enfermagem para um lar de idosos. Educação por parte dos Suíços, bastante. Simpatia, pouca, q.b. Eficácia e ordem, total! E, o mais importante, o ordenado certinho, condizente e digno!
P.S.: Trabalhou, então, desde o início na sua área?
V.N.: Sim, sim! Ao contrário de outros. Que no início tiveram de andar a passear caniches e a ir e vir a Portugal com frequência! Valeu-lhes o regresso de alguns Italianos e Espanhóis!
P.S.: Relação com os Suíços?
V.N.: Com alguns colegas, poucos! Gèneve é muito estrangeiro e pouco Suíço. Ah, mas há uma excepção, o Patrick, meu namorado. É guarda de fronteira!
P.S.: Compreendo! O regresso é uma opção? Está no horizonte?
V.N.: Que regresso? Sabe quantos Portugueses é que estão espalhados pelo mundo? Eu que até sou solteira e boa rapariga! E olhe que os Suíços são muito certinhos … como os relógios! E, desculpe-me, mas temos de ficar por aqui! Tenho de entrar às 15h, nem mais nem menos um minuto. É que agora já tenho o permis e não posso fazer como fez, seu maroto muito Português, ao ter chegado atrasado 20 minutos! Questão de espaço… compreende? Au revoir, monsieur P.S.!
P.S.: Au revoir…
V.N.: Ah, desculpe! E vai sair em que jornal?
P.S.: Jornal! Não, não! É um “trabalho” para uma instituição Universitária à distância. A Uab, conhece?
V.N.: A dos programas da tele – escola… a que vai agora qualificar 100.000 Portugueses?
P.S.: ????

[1] Afinal os Portugueses mesmo que sonhadores, de um modo utilitarista e pragmático quase sempre direccionaram a sua preferência migratória, guiando-se por boas tabelas cambiais e por uma noção exacta de custos – benefícios. Já aqui se encontravam as boas práticas.
[2] Falar-se às vezes em Portugal em desenvolvimento humano parece uma gargalhada, porque quando a conjuntura recua, fica em aberto o “vai e vem” da triste constatação de uma débil e “mascarada” estrutura, agrilhoada a uma tremenda e recorrente falta de oportunidades iguais e reais.
[3] O recente brutal terramoto no Haiti, que nos reconduz à pequenez humana e à relatividade das coisas, faz-me a traços visualizar, como pode ser comum no tempo/espaço a astenia dos povos.
[4] O mesmo Lac Leman onde há uns largos anos, fruto de uma estada em formação por uns meses, alimentava os patos e gansos, confundindo-me com um emigrante Português em terra de Cheese Raclet de Pommes de terre.
[5] Não, as iniciais não dizem respeito a qualquer identificação política por militância. Afinal fora do quadrilátero, por motivos que se prendem com concorrência saudável e eficácia no trabalho, o instituto “cunha”, ou outro qualquer tipo de relação “paternal”, não se sobrepõe às formas mais comezinhas da opção pela experiência e competência profissional!
[6] p.m. Num país onde a responsabilidade é invariavelmente de uma única pessoa este p.m. compreendo-o como prime … perdão, post meridian!
[7] “Empurrão - repulsão!”

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CRESPOGATE

Será que a limpidez das águas do pós-Watergate, fará deste mundo com a Crespogate um mundo melhor?

AH, VOCÊS ESTÃO CONTRA?

«Ah, vocês estão contra!»

CALHANDRICE

CALHANDRICE, THE NEW WORD IN  TOWN!

CONSTÂNCIO: Ò ELVAS, Ò ELVAS, BRUXELAS À VISTA!


Constâncio: «Tenho uma perspectiva muito pessimista» para Portugal
Economia portuguesa tem de fazer ajustamentos de «algum significado»

Para Constâncio aproxima-se a hora de mudar de rumo! Bruxelas está à vista! 
Afinal, neste mundo cão, é preciso assegurar primeiro as nossas conveniências! 

Agora, aumentar os imposto indirectos? Este homem faz tudo para manter os privilégios asquerosos que possui. Aumentar é já desnecessário, pois já nem era preciso ser economista, bastava ter ouvido os Prós e Contras de ontem à noite e a necessidade de afectar apenas a despesa pública, quanto mais os impostos que penalizam os pobres em desfavor dos ricos. 

E que tal acima de 1500€ todos os rendimentos perderem 50 ou 100% do subsídio de natal? 

TANSOS, NÓS? NÃO!

O 4 república "diariza"  e bem: o dia a dia de um tanso!
O que é ainda mais surpreendente é que ainda há quem ache que o esforço fiscal dos Portugueses com o paraíso das taxas , fique aquém do de outros países.
Há muito que penso: enquanto houver Portugueses que se acham iluminados e destinados a liderarem grandes caminhadas,vítimas absurdas de romeiros que nos atormentam as brumas,  seremos sempre um País onde a um estádio de futebol equivalha um desportista de bancada, a uma autoestrada equivalha um cemitério de automóveis de estrada, a um centro cultural de Belém equivalha uma casa da Mouraria esburacada, a um TGV equivalha uma multidão de desempregados...
afinal, não seria mais fácil que cada um se metesse colectivamente na sua própria vida?

PERGUNTA A SÓCRATES?

- Sr. Sócrates não o preocupa que o tempo da sua governação, com essa nova geração de políticas e políticos que se reclama,  coincida com uma nova diáspora Portuguesa, feita agora de um brain-drain preocupante?

ESTICAR A CORDA DO VITAL, É COMO APERTAR AS TÚBURAS DE PORTUGAL

Esticar a corda : sorri de um sorriso sórdido, o valente e bom Vital.

É que há que afastar a célere e continuada degradação, não de Portugal, mas do PS. 

E o bom povo Português, como o bom soldado Chveik, saberá dar novos mundos ao mundo, no redobrar do assalto dos despojos dos cofres do Portugal rosaimundo.

Afinal que diferença faz mudar um A em U?