sábado, 30 de outubro de 2010

APELO ROTO E FORA DE TEMPO

Com todo o respeito que me merece o mais alto magistrado da nação há que dizer alto e bom som, que Cavaco já não serve.

Falta-lhe o capital da energia, a capacidade de cortar a direito. Não chega uma gestão direitinha, certinha, dos conflitos e dos tempos em cooptação bengala com a sua Maria Silva. 

Não chega avisar que já tinha avisado, ou autoelogiar-se em candidatura própria. Não chega, mesmo, cortar com outdoors de campanha. Afinal quem é que já não conhece Cavaco e a sua Presidência de família, Maria Cavaco incluída, num quadro idílico e bucólico, com Portugueses da classe média aos caixotes do fim do dia, e que tem mais de monarquia que de República?

Vivemos num regime republicano, não numa monarquia ou numa república de reformados. Já não basta a colecção de ex-presidentes reformados que sai cara aos país? Que país afinal é que queremos para Portugal? Um inclusivo onde tenham lugar jovens e menos jovens, ou um país onde só se vejam más contas do orçamento, corrupção e tráfico de influências?

Sim, sr. Presidente, não queira seguir os passos de Salazar e morrer de uma qualquer queda da cadeira. Afinal, seria mais útil aos seus netos que a um Portugal que tem sido corroído por aqueles que nos momentos difíceis vem dizer-se grandes patriotas!

Esses, são o problema, não a solução!

A FACTURA NA CONTINUIDADE

Hoje, 30 de Outubro de 2010, o PS chegou a acordo com o PSD para viabilizar o orçamento. Pela blogoesfera chovem críticas por parte da grande maioria do povo Português. 
Pacheco Pereira critica essas pessoas que não vêem que não há alternativa. O FMI? Seria muito pior, diz! 
Pior, pergunta o povo? Pior, para quem? Para quem já nada tem para meter à mesa, ou para os serviçais do banquete do orçamento, que são muitos? É que o FMI, quando mandasse cortar, cortava! E cortava nas gorduras, não nos pele e osso que sustentam o regime!

Mas não haveria alternativa se Portugal não tivesse sido espoliado por gente desta e aparentemente não por  fosse por tacticismo novamente beneficiar o infractor?
«Face Oculta: Lino pressionou Vitorino a abrir as portas da Refer. Segundo a acusação a que TVI teve acesso, o ministro considerava a empresa de Manuel Godinho «amiga do PS»
É para isto, perguntam os Portugueses, é para este tipo de aleivosias que nós estamos a ser atirados para a miséria? Venha o FMI!

Curiosamente, pressionando Passos que se deixou cair na esparrela do PS e dos seus correlegionários, que vivem do orçamento, e são muitos, os Barões, que fazem parte da mesma gamela que suga as energias e os capitais de Portugal.
No meio disto, o nosso aplauso para Louçã, e para quem votou o orçamento de base 0, com voto contra do PS, o mesmo que por pressão de altas e gradas figuras do regime, como os banqueiros e os senhores da distribuição - que no meio da crise vêem os seus bancos e grandes empresas com subidas abissais de lucros.

É que senhores, baixar custos salariais e cobrar impostos, com empresas monopolistas e oligopolistas é fácil, pois estas últimas não diminuirão os seus preços no mercado e conseguirão manter os seus lucros, à custa do empobrecimento geral dos salários da parte maioritária da população que trabalha e não especula.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SEM SAÍDA

Os Portugueses estão estupefactos, confusos, indignados. Não que o aumento exponencial dos lucros de empresas como a Portucel, o BCP, a Impresa, a Semapa, não seja positivo... porque o é!

Mas ficam confusos quando vêem que em ambiente de crise se lhes pedem sacrifícios inenarráveis em nome do orçamento do Estado, e que é sempre aos mais pobres que se exigem sacrifícios que já não podem suportar. 

O problema é esta coisa muito Portuguesa de não saber separar as águas. Uma coisa é o Estado consumidor dos recursos da sociedade, outra bem diferente são as empresas que apesar da crise do Estado aguentam-se à tona de água. 

Aqui nesta tribuna já há muito se diz que um Estado de 700.000 não pode exigir mais do que aquilo que lhe dão quase 4.000.000, sob pena de ano, após ano, não serem 4.000.000 mas 3.800.000, ou 3.600.000 e por aí adiante.

O Estado tem limites e tem de ter limites na sua desvairada sede e voracidade. O orçamento do Estado mudará esta realidade? Não, não mudará, porque Sócrates e Teixeira sabendo do descontrolo instalado já há muito deviam ter dados instruções para um orçamento de base 0, onde não subissem por exemplo exponencialmente as verbas para a publicidade e propaganda DOS GABINETES MINISTERIAIS!

PARADIGMA

E alertou que "ao falarem da possíbilidade da vinda do Fundo Monetário Internacional (FMI), governantes e ex-governantes estão a dizer que acham que esta crise é igual às outras crises". Nada podia ser mais errado, considera João Salgueiro, para quem "esta crise é de mudança de paradigma"

SOLIDARIEDADE, DEMOCRACIA E RACIONALIDADE

Daniel Oliveira mete o dedo na ferida. Com substância, embora lhe falte às vezes alguma racionalidade ao querer defender intransigentemente a sua dama. 

O artigo de Daniel Oliveira no Expresso " peca" por colocar correctamente o dedo na ferida. Para um amante de Estudos Europeus, gestão e economia, a palavra omissa no campo é solidariedade. Solidariedade que é um princípio basilar dos tratados, mas que está esquecido nas gavetas dos Conselhos Europeus. 

Não se pode querer uma moeda única e um mercado único, sem uma solidariedade única.

Daniel diz que só dois países contam. Porque os outros deixam, e vergam, acrescentaria eu.

De qualquer modo, como Daniel diz, é a falta de democracia o causal principal. 

Obviamente que também ajuda muitos dos nossos opinion makers (ignorantes como são e alinhados como são, muitos, produtos mais das agências de comunicação que verdadeiros jornalistas, o que  não sendo o caso de Daniel, não é grave, pois demonstra alguma flexibilidade de consciência) esquecerem-se do essencial.

É que o homem é, quase sempre, um animal racional. Pelo menos quando colocado perante as suas preferências. É assim acima de tudo um homo economicus que reflecte a racionalidade das preferências. 

E é assim que só libertando a sociedade civil do estrangulamento dos aprendizes e capatazes, Portugal poderá voltar aos carris. Aos carris da sustentabilidade e da felicidade do seu povo. Que se quer trabalhador, seja na escola ou na fábrica.

Chega de paternalistas irracionais que querem controlar o mais simples da nossa vida. 

Que é sermos agentes económicos com racionalidade e preferências!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DOMINAÇÃO: A NOVA POTÊNCIA COLONIAL

«China está disponível para comprar dívida portuguesa (DE)

A China manifestou-se hoje disponível para "participar no esforço de recuperação económica e financeira" de Portugal.»

A China prepara-se para por atacado, comprar dois pelo preço de um: Portugal e as suas relações com a Lusofonia!  O mundo, aliás está a saldo e os Chineses do Império do meio, já se posicionam para a sua dominação.

De facto cada vez mais para evitar cem anos de submissão e abandono, era necessário para Portugal um novo salvador, um novo D. Sebastião. Há quem já pense mesmo que o nome Fado Português, regular descrença Portuguesa, está mal empregue e esconde por detrás um  ADN de Irresponsabilidade Individual. 

Assim, o Fado Português devia-se chamar mais comummente de Irresponsabilidade Portuguesa, um viver no fio da navalha primeiro despreocupada, depois doentia e paralisadamente preocupada. 

É por isso que parece já faltar na opinião dos jovens, uma espécie de novo Salazar,  um Financeiro com despojo, garra, visão e se possível com postura democrática. De outro modo a proletarização da classe média Portuguesa irá no sentido inverso da criação de uma grande classe média burguesa Chinesa, à procura de criadagem súbdita Ocidental.

DESPOJADOS

Como está enganado Teixeira dos Santos sobre o mercado. 
O que o mercado não quer não é os 4,6% do défice orçamental. 
O que o mercado não quer é uma economia que não crie recursos para pagar os seus empréstimos. 
E isso é exactamente o que Teixeira está a fazer à economia nacional: a despojá-la de recursos. 
É tão difícil perceber senhor mau economista? 
Cada vez mais me convenço que os economistas não deviam exercer sem antes terem passado pelo crivo da micro e pequena gestão.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SEIS ANOS DE ABASTANÇA


Seguir as pistas de Sócrates quando sair do governo é fundamental.
Na hora em que Sócrates, depois de ter destruído Portugal, se prepara para se reformar com alguma reforma dourada, seria bom saber se Sócrates não prepara a ida para uma qualquer caverna da Venezuela de Chavéz ou dos Ali da Líbia de Kadafi.

O AUTOELOGIO DO PRESIDENTE SILVA: O PRESIDENTE DA SUA FAMÍLIA!


Não, não serve esta página para fazer o elogio ou a elegia de Cavaco Silva.
Porque Cavaco não precisa de elogios. 
Ele fá-los sózinho numa magistratura que é muita própria: a sua e a da sua família! Bem pode Cavaco dizer que governa para Portugal, como se Portugal não tivesse já atingido o grau zero da decadência política e moral. E ele como agente político é tão responsável como os demais!
É pena é que Cavaco, que já teve o seu tempo, fique colado ao mais desastroso governo da República com uma magistratura que não se Vê, mas pior, não se Sente, no dia a dia dos Portugueses. É pena é que Cavaco, que tem olhos e vê, não tenha tido uma atitude de coragem perante um governo que governa contra os Portugueses, sem critério, sem esperança, sem mérito e pior, sem pingo ético.
Ou Cavaco, Presidente da sua família, pensa que o bom treinador é aquele que sofre mas nunca marca?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

UMA AVENTURA PELO PODER

A DESESPERANÇA

Quando esta senhora alegre, recta, inteligente e optimista que muito prezamos já escreve isto, é sinal evidente que a desesperança num futuro melhor já está instalada.
Portugal irá, sem dúvida, assistir a duas novas décadas de 60 e 70 da sua história.
A responsabilidade: a dos senhores que hoje tentam a tudo o custo, uns evitar mal maior, outros evitar mal menor.
Mas a responsabilidade do pântano é deles, porque fizeram trazer ao de cima tudo o que há de pior no povo Português! 
Caminhemos então alegremente para o hipermercado ao Domingo à tarde...

MANIPULAÇÃO COMPUTACIONAL

A bolsa já não é o que era. Terá sido alguma vez? A utilização de supercomputadores com algoritmos que se adiantam na tomada de posições é exacrável. 

Execrável porque do mesmo modo que se adianta aos mercados e os "motiva", os algoritmos são responsáveis pela certa por induzidas manipulações matemáticas dos mercados.
Quem salva o capitalismo da autofagia?

DEZ ANOS DE INGRATIDÃO

À deflação por efeito da diminuição dos salários responde o governo com aumento de preços. 

Aumento de preços da electricidade, dos transportes, da água, dos combustíveis.

Fenomenal e inverso da repulsividade de Brasileiros, Ucranianos e Portugueses!

Só as máfias Sicilianas parecem encontrar razões para aqui se instalarem!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

RICOS E MAL AGRADECIDOS

Com 30.6 juízes por 100.000, 3360 juízes com salários médios superiores aos outros países da Europa e uma remuneração 4 vezes superior à média nacional, começa-se a perceber as classes que dominam Portugal à mesa do orçamento.

Por uma questão de justiça a diminuição dos salários dos juízes em 1/3, adequaria os juízes à realidade do país e cortaria só por si, mais de 47.000.000€ à despesa nacional.

E ainda há quem pense que Portugal é um país solidário?

domingo, 24 de outubro de 2010

A CARTILHA AMERICANA OU A MINHA CARTILHA É MELHOR QUE ATUA

"Falta coragem" à Europa para "fazer o que estão a fazer os EUA" para combater o défice - embora "sem o dizerem" -, afirma o economista e antigo ministro brasileiro Luiz Carlos Bresser-Pereira, que falava à Agência Lusa, em Coimbra, onde se deslocou para participar num colóquio da Faculdade de Economia daquela cidade sobre o relançamento da política económica ('The revivel of political economy').

Para combaterem a dívida pública, os norte-americanos estão a recorrer ao chamado "quantitativo easy", isto é, à "facilitação quantitativa de mercado", imprimindo dinheiro.

"O banco central compra títulos do tesouro e enche o mercado de dinheiro", diminuindo, assim, a dívida pública, explicita o professor da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, e da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris.

"Isto também pode e devia ser feito na Europa", embora "seja mais complicado", reconhece Bresser-Pereira, defendendo, todavia, que o BCE poderia "comprar títulos nos mercados", segundo proporções relativas a cada um dos países que integram a moeda única europeia.

"Mas não há coragem" entre os responsáveis europeus para seguirem aquela estratégia. "Eles têm medo da inflação, que é um mal, sem dúvida", mas - adverte - "a deflação é uma desgraça".

"Enquanto houver ameaça de deflação, esta solução é possível", defende Bresser-Pereira, sublinhando que não está "a inventar nada - os EUA já estão a fazer isso".

O mercado é um "maravilhoso sistema de coordenação económica, desde que muito regulado - senão é uma desgraça", alerta, noutro plano, o ex-governante brasileiro, reconhecendo que "precisamos de mercado", mas "regulado".
A economia que hoje se ensina é uma mentira

Luiz Carlos Bresser-Pereira classifica, por outro lado, como "inaceitável" a "teoria económica que se ensina nas universidades". A economia que "hoje se ensina é uma impostura, é uma mentira muito violenta", afirma, apontando as contradições dessa teoria, que recorre ao "método matemático dedutivo" e ignora por completo "o método histórico ou experimentalista".

"Uma ciência é abstrata" mas não pode ignorar a realidade, advoga o especialista. E é precisamente por ter ignorado a realidade, por ter "usado um método errado, que a economia falhou".

No entanto, acrescenta, não falta quem insista na ideia de que "a teoria está certa" - portanto, se assim é, conclui, "foi a realidade que falhou".

Luiz Carlos Bresser-Pereira foi ministro da Fazenda do Brasil em 1987 (governo de José Sarney) e da Administração Federal e Reforma do Estado, entre 1995 e 98, e da Ciência e Tecnologia, em 1999 (mandatos de Fernando Henrique Cardoso).
Esta entrevista de B. Pereira vai de encontro ao que penso. 
A ortodoxia Alemã está a dar cabo da Europa e a matar o doente de uma cura a sangramento de sanguessuga. A deflação está aí com todas as consequências muito mais negativas que a inflação. Sorte a dos Brasileiros estudarem economia pelo seu vizinho do Norte!
Há quem pense, no entanto, que a economia é estática e muito positiva!

A ASTENIA DE CAVACO

«PR em campanha
De acordo com Louçã, o Presidente da República "está em candidatura ativa já há muito tempo".
"Está a fazer a sua campanha eleitoral, é o seu direito. Agora vai formalizá-la? É natural que assim seja", considerou o líder bloquista.
O líder do Bloco de Esquerda defendeu que Portugal precisa de um Presidente da República "com energia para olhar para os próximos cinco anos e para trazer uma economia que não piora de ano para ano, mas que se concentra na responsabilidade e investimento de qualidade, no emprego, serviços públicos e num Serviço Nacional de Saúde protegido".
Cavaco não serve, diz Louçã
"Precisamos de alguém que falasse pelos desempregados, que respondesse ao trabalhador precário, à desigualdade e a esta atrofia democrática que é um aumento de impostos ou uma redução de salários como única solução para a crise da economia portuguesa, mas esse candidato não é Cavaco Silva", frisou.
Na entrevista que Aníbal Cavaco Silva concedeu ao Expresso, o Chefe de Estado afirmou que "neste momento uma crise política seria extremamente grave" e que forneceu aos partidos "toda a informação sobre as consequências de uma crise".
"Sinto tristeza com a situação que vivemos", afirma também.»
Louçã tem razão! Isso faz de mim um bloquista? Numas coisas sim, noutras não!